Em 2022, o marco legal de micro e minigeração distribuída fez uma publicação que preocupou tanto pessoas interessadas em investir em medidas sustentáveis quanto integradores que trabalham com a instalação de sistemas fotovoltaicos.
Visando tirar as dúvidas sobre o assunto, preparamos um conteúdo completo sobre fio b, incluindo instruções de como calcular essa tarificação. Dessa forma, é possível entender como essa regulamentação, na verdade, é benéfica para o setor solar. Vamos lá? Continue lendo!
O que é fio B?
Se você é um consumidor que se encaixa no Grupo B da conta de luz, é importante entender os fatores que compõem sua cobrança.
Além da TE (Tarifa de Energia) que analisa o consumo de todo o sistema de distribuição, também temos o TUSD (Tarifa de Uso de Sistema de Distribuição), a bandeira tarifária, a contribuição na Iluminação Pública e a Subvenção Tarifária para casos de imóveis rurais.
O fio B é um dos elementos presentes no TUSD, responsável por calcular os custos relacionados ao uso da rede de distribuição da concessionária local até a chegada da eletricidade para abastecer as residências, os comércios, as indústrias e áreas rurais.
Como é a cobrança do fio B com a lei 14.300?
A lei 14.300 diz que todos os sistemas on-grid que utilizarem da concessionária local em períodos onde não existe injeção de energia, serão tarifados uma porcentagem na conta de luz, baseado no consumo utilizado para manter a geladeira e outros eletrônicos ligados enquanto não há ninguém na propriedade!
Qual a porcentagem de cobrança?
As porcentagens são gradativas, o que significa que elas aumentarão ano após ano. O objetivo é seguir essa tabela até chegar em 90% em 2028, pois no ano seguinte a previsão é que surjam novas regras na lei referente a tarifa fio B.
Ano | Porcentagem |
2023 | 15% |
2024 | 30% |
2025 | 45% |
2026 | 60% |
2027 | 75% |
2028 | 90% |
Vale ressaltar que a cobrança será feita somente para propriedades que investirem em instalações de sistemas fotovoltaicos a partir de 2023, ou seja, quem usufrui dos benefícios dessa medida sustentável antes dessa data, não será afetado com essa mudança até 2045.
Qual o papel da simultaneidade na tarificação?
O objetivo da simultaneidade é representar a energia que foi consumida durante os períodos de geração, ou seja, simultaneamente, sendo um dos fatores que anulam a cobrança do fio B na sua conta de luz.
Em outras palavras, a porcentagem será atribuída para armazenamentos excedentes que forem injetados na rede em situações que o sistema não produzir energia suficiente para alimentar o imóvel, como, por exemplo, em dias nublados ou durante a noite.
Como calcular o fio B?
Para realizar o cálculo você precisa acessar o site da ANEEL. Lá, é necessário acessar o menu, escolher a opção “Assuntos” e clicar na categoria de “Tarifas”.
Após essas etapas, entre em “Relatórios e Indicadores”, pois surgirá a “Base de Dados das Tarifas das Distribuidoras de Energia Elétrica”.
Na parte superior do lado esquerdo, selecione “Componentes Tarifárias” e clique em “TUSD_FioB”. Por fim, escolha a alternativa “Ano” para preencher a tabela, pois depois ele realizará a conta automaticamente.
O investimento em energia solar ainda vale a pena após a lei?
A resposta para esta pergunta é: sim! Embora haja a cobrança da porcentagem referente ao fio B, a energia solar continua sendo uma solução que gera redução das tarifas tributárias.
Além disso, os painéis possuem vida útil que pode atingir até 25 anos, o que significa que é possível obter um retorno financeiro do investimento em pouco tempo.
Em suma, a implementação de um sistema fotovoltaico compensa tanto para integradores quanto para consumidores, uma vez que aumenta o valor dos imóveis em até 30% e podem gerar descontos no seu imposto com a ação de IPTU Verde, assim como os créditos de carbono. Esperamos que tenha gostado de entender melhor sobre o fio B. Aproveite e confira nosso conteúdo sobre como funciona o painel solar. Até a próxima!