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O Brasil tem uma estimativa de reduzir a emissão de gás carbono em 50% até 2030, objetivo estabelecido pela 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26). Por essa razão, a iniciativa de créditos de carbono se tornou uma alternativa para alcançar essa meta. 

O conceito, que surgiu no Protocolo de Kyoto em 1977, visa reduzir as emissões de gases poluentes na atmosfera por meio de medidas socioambientais, como a instalação de energia solar ou o incentivo ao reflorestamento. 

Apesar de várias empresas já implementarem ações socioambientais, muitas não sabem quais  atividades podem gerar esses créditos. Pensando nisso, preparamos esse conteúdo para você entender melhor o que é e como funciona. Vamos lá?

O que é crédito de carbono e como funciona?

Criado com o intuito de desacelerar o efeito estufa e mitigar as mudanças climáticas, o crédito de carbono é uma certificação utilizada para representar a neutralização de uma tonelada de dióxido de carbono na atmosfera. 

Para receber o certificado ou moeda, algumas medidas sustentáveis devem ser adotadas nos setores de energia, uso da terra, agropecuária, resíduos e indústrias. 

Na categoria energética está incluso a emissão de gases poluentes pelos transportes, ramo industrial, produção de combustíveis, propriedades residenciais, geração de eletricidade, setor comercial e agropecuário. 

A partir de cada especificação acontece uma elaboração de projetos para reduzir ou anular a quantia de emissão de gases de efeito estufa e caso seja cumprido os objetivos estabelecidos, a empresa recebe os créditos emitidos pelo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) conforme a tonelada mitigada. 

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Vantagens do crédito de carbono

Além de representar a redução na emissão de toneladas de dióxido de carbono, essa iniciativa também visa auxiliar os países que apresentam dificuldade em diminuir a emissão de gases poluentes, por meio da implementação de projetos em territórios hospedeiros. 

Outra vantagem está no benefício econômico para os países em desenvolvimento. Isso ajuda a economia desses lugares, porque eles podem ganhar dinheiro vendendo créditos de carbono. Esse ganho pode ser usado para investir em atividades sustentáveis ou outros setores governamentais.

Existe outro fator legal sobre essa emenda, que é a possibilidade dos créditos servirem também como um incentivo para que governos e empresas mudem suas práticas operacionais e investirem cada vez mais em tecnologias verdes, sendo um forte atrativo para investidores.   

Desvantagens do crédito de carbono

Embora seja uma iniciativa que visa somente as melhoras na qualidade de vida das pessoas, infelizmente alguns países usam o crédito como uma forma de poluir mais o local. 

Em outras palavras, ao invés de reduzir a emissão de gases, eles negligenciam o processo, usando os créditos como justificativa para emitir mais gás carbono. 

Outra desvantagem importante está relacionada à falta de tecnologia em países em desenvolvimento, dificultando na hora de aderir aos critérios previstos pelo projeto. 

Quem paga o crédito de carbono?

Para responder essa pergunta, é necessário entender melhor como funcionam as três vertentes em que o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) atua. Caso a negociação seja unilateral, o país hospedeiro é responsável por decidir os valores da certificação. 

Em comercialização bilateral, a responsabilidade fica para os países desenvolvidos que implementam o projeto verde em países subdesenvolvidos. Por fim, na vertente multilateral, os valores são estabelecidos pelos fundos de investimento. Ou seja, o mercado de carbono é movimentado e pago pelas Bolsas de Mercadorias Futuro.  

Portanto, o governo ou empresas negociam o crédito de carbono em leilões e por meio do mercado voluntário ou regulado. 

Como é vendido o crédito de carbono?

A venda de crédito de carbono envolve o mercado voluntário e o regulado. O primeiro é composto por negócios, organizações e pessoas físicas e o valor é negociado em contrato, seguindo os critérios presentes no projeto.

Já o mercado regulado é administrado pelo governo e contém obrigações e compensações das emissões de gases poluentes.  Nesse caso, o valor por tonelada é estabelecido e definido pelo órgão regulador. 

A compra também pode ser feita por meio de leilões internacionais ou por acordos diretos entre empresas, podendo ser comprados de fundações ou organizações que possuem excesso de créditos. 

Quem vende crédito de carbono no Brasil?

A venda pode ser feita pelo mercado oficial do crédito ou o regulado, ambos sendo regulamentados pelo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). 

Além disso, no Brasil existem alguns bancos como o Banco do Brasil e o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) que comercializam os créditos de carbono. 

A maioria das comercializações e vendas também são realizadas por meio do Cap and Trade, um sistema que faz parte do mercado oficial e visa controlar as mudanças climáticas por meio da precificação.  

Quanto vale 1 crédito carbono?

O valor de um crédito de carbono pode variar de acordo com o preço mundial, portanto, é importante estar atento à cotação do dólar. 

Para se manter atualizado sobre o precificação de carbono e a porcentagem exata de emissão de um país em específico, acesse o Observatório de Bioeconomia da Fundação Getúlio Vargas (FGV). 

Além do valor médio, você tem acesso à taxa de implementação, o sistema de comércio e gráficos referentes ao mercado de crédito de carbono por setor. 

Como faço para gerar créditos de carbono?

Se você tem uma empresa ou indústria e quer gerar créditos de carbono, saiba que é possível por meio da implementação de medidas sustentáveis. 

Por exemplo, caso sua fábrica ou negócio utilize combustíveis fósseis para produção de eletricidade, uma alternativa para a redução na emissão de carbono é por meio da instalação de painéis solares, pois eles neutralizam o composto químico durante a produção de energia. 

A boa notícia é que sistemas de energia solar podem ser instalados em qualquer propriedade, além de gerarem energia de uma forma sustentável, possuem menos necessidade de manutenção, pois devido à garantia de durabilidade de até 25 anos. 

Após a elaboração do projeto feita por um profissional especializado e a comprovação de que está sendo cumprido a meta, você tem direito à certificação comprovando a sua contribuição, podendo assim gerar créditos de carbono. 

Confira também as vantagens e desvantagens da energia solar! 

Quais atividades geram créditos de carbono?

Como dito anteriormente, para garantir que você possa gerar os créditos, é necessário efetuar algumas atividades que tenham como objetivo neutralizar ou impedir os efeitos do aquecimento global. Algumas dessas medidas são: 

  • campanhas sobre consumo consciente;
  • uso de fontes de energia renováveis e limpas, como a energia solar fotovoltaica;
  • redução do desmatamento e queimadas florestais;
  • incentivo à agricultura sustentável;
  • diminuição do uso de agrotóxicos;
  • ações de reflorestamento;
  • criação de políticas sustentáveis.

Energia solar fotovoltaica 

A energia solar tem ganhado cada vez mais espaço na vida do brasileiro, principalmente pelos benefícios econômicos atrelados a instalação dos sistemas fotovoltaicos, sendo responsável pela redução dos custos tributários que cabem no bolso dos consumidores. 

Todos esses são fatores que comprovam que essa área é uma ótima oportunidade de negócio, visto que a alta procura de consumidores, empresas e engenheiros têm aumentado devido às leis e programas de preservação do meio ambiente que visam a implementação de medidas verdes em projetos civis. 

É nesse momento que o integrador entra em ação, pois você pode colaborar com esses projetos e gerar efeitos positivos para o mundo. Para isso, é importante que se trabalhe em conjunto com uma distribuidora de confiança que ofereça  painéis fotovoltaicos de qualidade

Além disso, essa parceria pode auxiliar em soluções modernas, gerando mais segurança por ofertarem os melhores produtos com garantia de eficiência, sendo um fator que facilita no seu processo de vendas. 

Esperamos que tenha gostado de saber um pouco mais sobre créditos de carbono. Aproveite e confira também nosso conteúdo sobre usina fotovoltaica. Até a próxima!