A energia solar já movimentou mais de 143 bilhões de reais em investimento no Brasil nos últimos dez anos, proporcionando vantagens tanto no quesito econômico, já que ajuda a reduzir a conta de luz no fim do mês, quanto no ecológico, pois trata-se de uma energia limpa e renovável.

É justamente por esse motivo que ela desperta a curiosidade de muitos, levando cada vez mais pessoas a buscarem a energia solar como uma opção. 

Mas, para escolher com clareza por uma alternativa energética para seu imóvel ou mesmo uma nova fonte de renda, no caso de quem quer trabalhar nesta área, é imprescindível conhecer e entender os diferentes tipos de energia solar e suas principais características. Para melhor auxiliá-lo, preparamos um conteúdo com mais informações sobre o tema. Confira! 

Quais são os tipos de energia solar? Conheça os dois!

Antes de mais nada, é importante saber que existem dois tipos de energia solar bastante diferentes entre si, tanto em sua produção, quanto na estrutura necessária. Esses dois tipos se classificam como: energia solar fotovoltaica e energia solar térmica.

Energia solar térmica ou aquecedor solar

A energia solar térmica é considerada a mais simples em seu funcionamento, já que se resume à geração de energia, nos dias de sol, para aquecimento de líquidos — por isso, ela é muito usada em hotéis e clubes.

Neste sistema, utiliza-se o calor solar para aquecer outro meio, geralmente a água, que será utilizada tanto para banhos, piscinas e sistemas residenciais no geral, quanto para fins industriais. Nessa modalidade, os coletores, placas ou tubos a vácuo captam o calor do sol e o transferem para o líquido desejado.

Com essa tecnologia é possível obter água aquecida conforme a necessidade, sem precisar recorrer a fontes de energia elétrica ou a gás. Cabe mencionar, entretanto, que esse tipo de sistema não é tão eficaz em dias chuvosos ou durante a noite, uma vez que o aquecimento do líquido se dá exclusivamente pelo calor solar.

Energia solar fotovoltaica

Já a energia fotovoltaica tem um sistema mais complexo de funcionamento. Captam-se os raios solares que são transformados em corrente elétrica. Esta será convertida em um formato compatível com a rede elétrica padrão utilizada nas residências e estabelecimentos

Embora o sistema térmico também possa ser muito eficiente para determinados fins, é por meio do sistema fotovoltaico que muitas empresas e casas conseguem de fato abater ou reduzir significativamente a conta de luz.

A utilização desse sistema conta com a instalação de um kit de equipamentos fotovoltaicos, composto de painéis fotovoltaicos (responsáveis pela captação e conversão primária) e inversor (responsável pela conversão de compatibilidade), fixação, cabos, conectores e DPS (Dispositivo de Proteção Contra Surtos). 

Já que todo o processo de produção de energia se dá por meio da radiação solar, quanto maior a incidência no painel constante no kit, maior será a quantidade de energia produzida. 

Um ponto importante a destacar sobre essa forma de geração de energia é que sua produção fica inviabilizada durante a noite, mas continua acontecendo em dias chuvosos ou nublados, apenas em menor quantidade do que em dias ensolarados. 

Ainda assim, já estão sendo desenvolvidos alguns modelos de painéis próprios para otimizar essa captação em dias de menor incidência solar, podendo oferecer melhor durabilidade e reduzir a frequência de manutenção dos equipamentos. O principal modelo que atende essas características e está em destaque no mercado é o produzido com tecnologia grafeno. 

Além das diferenças entre painéis, também é relevante entender que existem três tipos de energia fotovoltaica: on grid, off grid e híbrido. 

Nosso foco, neste texto, é entender as principais diferenças entre os sistemas, mas se você quiser saber mais, temos outro conteúdo feito exclusivamente para detalhar o funcionamento técnico de cada um deles.

Sistema On grid (conectado à rede)

Indicado para áreas urbanas, que possuem fácil acesso à rede pública de energia elétrica, esse sistema fornece eletricidade para o imóvel, e toda energia excedente, que não é utilizada, é entregue à concessionária, gerando créditos energéticos que podem ser abatidos em outros imóveis do mesmo proprietário.

Ou seja, além da energia produzida por meio dos painéis solares suprir o consumo do imóvel, a quantidade que não for utilizada poderá ser convertida em descontos nas faturas mensais do local produtor ou de outros estabelecimentos do mesmo dono.

Sistema Off grid (isolado)

Nesta modalidade, a produção é autônoma e sem integração à rede pública. O que é produzido é armazenado em baterias próprias, responsáveis pelo armazenamento e abastecimento do próprio local gerador. 

Por ser uma produção autônoma, a grande vantagem aqui não vem em forma de descontos na fatura, mas sim do reaproveitamento do excedente armazenado para consumo próprio.

Portanto, para estabelecimentos mais isolados, como áreas rurais de difícil acesso à distribuição de energia elétrica, o sistema mais indicado é o off grid.

Híbrido

Como o próprio nome sugere, no sistema híbrido temos a combinação das vantagens do sistema on grid e off grid.

Assim como o on grid, o sistema é conectado à rede pública de energia, funcionando como uma fonte alternativa para abastecimento energético em dias com baixa coleta solar. No entanto, a energia coletada diariamente ainda é armazenada em uma bateria própria, da mesma forma que no sistema off grid.

Essa opção é especialmente indicada para estabelecimentos localizados em regiões com conexão à rede pública pouco confiável (quedas frequentes, sistema sobrecarregado, sem manutenção, precário, ou outros problemas recorrentes), e que ainda desejam manter acesso à uma fonte alternativa em situações de emergência. 

Dessa forma o sistema híbrido atende o melhor dos dois mundos, oferecendo a possibilidade de escolher para onde enviar a energia não utilizada, podendo tanto ser distribuída para a concessionária e gerar créditos, como manter-se armazenada na bateria do sistema.

Qual é a ideal para seu imóvel: fotovoltaica ou térmica?

A resposta neste caso, depende de seu objetivo. Tanto a energia solar térmica quanto a fotovoltaica oferecem benefícios valiosos, mas cada uma tem suas particularidades e, para fazer sua escolha você precisará se atentar ao que melhor atende suas necessidades. 

A energia térmica pode sim ser uma excelente opção para aqueles que têm por principal foco diminuir a utilização de aquecedores elétricos ou a gás para aquecer grandes quantidades de água (ao nível industrial ou para piscinas, por exemplo). 

Mas, se o objetivo é uma mudança significativa no valor da sua conta de luz, a energia fotovoltaica certamente é a escolha ideal, já que consegue abastecer todas as unidades consumidoras de uma residência, incluindo aparelhos eletrônicos, iluminação, entre outros.

Além disso, a energia fotovoltaica também oferece a vantagem de receber créditos energéticos ou armazenar o excesso de energia coletada durante o dia para uso posterior à noite.

Outros tipos de energia que você pode encontrar

Dentre os outros tipos de energia que podem ser usadas para produção de eletricidade, podemos citar: 

  • Energia Eólica (sustentável e renovável): gerada pela força dos ventos que gera movimento para transformar em energia;
  • Energia Hidrelétrica (sustentável e renovável): gerada pela força da água, transformada em energia;
  • Energia de biomassa (sustentável e renovável): gerada por meio da queima de materiais orgânicos em decomposição;
  • Energia geotérmica (renovável): gerada a partir do calor emitido do interior do planeta;
  • Energia Nuclear: gerada pelo núcleo de átomos em desintegração de partículas (bastante perigosa).

Ainda existem mais formas de energia, como a feita por meio do carvão, do petróleo e pelo gás natural. Mas as opções sustentáveis e renováveis devem sempre ser priorizadas, já que nosso planeta tem recursos esgotáveis.

A realidade da energia solar no Brasil

Segundo uma pesquisa feita pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética) a situação brasileira é bem melhor que a mundial, afinal, nós fazemos bastante uso de energia limpa, enquanto mundo afora são utilizadas massivamente fontes não renováveis e não sustentáveis, tendo pouco espaço para as fontes sustentáveis. 

Os dados levantados pela Absolar apontam que, no Brasil, 19,8% da energia utilizada é hidráulica, 13,1% é gerada por energia fotovoltaica, 11,5% de fontes eólicas, 7,9% de gás natural, etc. O que significa que, a nível mundial, o Brasil encontra-se entre os destaques na utilização de fontes de energia sustentável.

Além disso, no mesmo levantamento, 78,9% das instalações de energia solar brasileira são residenciais, 10,9% são em comércios e 8,5% são da zona rural, o que demonstra o quanto essa opção vem se tornando cada vez mais popular pelo país. A tendência é que esse destaque cresça, ajudando muitas pessoas a reduzirem suas contas e, com isso, certamente tomará mais espaço nas pesquisas.

Justamente por ser um país com tendência ao uso de fontes mais saudáveis para o planeta, o investimento em energia solar ao nível nacional é extremamente promissor e ainda tem muito a nos oferecer de crescimento e desenvolvimento.

Esperamos ter tirado todas as suas dúvidas sobre os tipos de energia solar. Confira também o nosso conteúdo sobre a área de integradores solares e aposte nessa carreira que será o futuro da energia brasileira!