A energia solar se tornou uma alternativa para muitos brasileiros devido ao aumento na precificação da conta de luz. Dito isso, as usinas fotovoltaicas são uma ótima oportunidade de negócio, pois proporcionam maior acessibilidade à essa energia.
Além de gerar eletricidade usando uma fonte renovável e limpa, elas têm uma contribuição muito grande para a geração compartilhada, possui baixa necessidade de manutenção e ajuda a suprir as demandas da região, visto que a alta produção garante estabilidade nas redes.
Ótimo, porém como faço para montar uma usina de energia solar? Estamos aqui para auxiliar você com nosso conteúdo! Vamos lá? Siga a leitura!
O que preciso para montar uma usina de energia solar?
Primeiramente, é importante ressaltar que falaremos especificamente a respeito de usinas de energia solar e não sobre fazendas, afinal, diferente do que muitos pensam, ambos termos não são sinônimos.
Enquanto o primeiro gera mais energia, possui investimento inicial alto e pode ser construído por empresas que entram no Sistema Elétrico Nacional, o segundo produz menos eletricidade, tem baixo custo e recebe investimentos de pessoas jurídicas e físicas para reduzir as contas de luz.
Agora que você já sabe a diferença, apresentaremos alguns pontos importantes para considerar e seguir antes da construção de seu espaço.
1. Escolher um local
O primeiro passo para montar uma usina de energia solar é escolher um local adequado, podendo ser comprado ou alugado. Geralmente, elas são construídas em regiões afastadas da cidade, onde painéis fotovoltaicos podem ser instalados em grande escala.
Portanto, quando for investir no terreno, analise o seu tamanho, visto que requer bastante espaço, sendo necessário no mínimo de 1 hectare.
Como os equipamentos serão colocados no solo, opte por áreas planas e que não haja presença de rochas, pois são fatores que podem dificultar a instalação dos painéis.
Além disso, é importante que a construção seja aprovada pelos órgãos ambientais do meio ambiente, segurança e saúde.
Embora o Brasil seja um país propício para a geração de energia solar, você também deve observar se o local possui alta incidência de irradiação do sol para a produção de eletricidade, ou seja, livre de sombreamento.
2. Contratar uma assessoria para analisar e ajudar
O segundo passo é contratar uma assessoria qualificada para analisar e orientar em relação aos aspectos jurídicos e financeiros.
Com o auxílio de um assessor, será possível analisar a situação e viabilidade do projeto, bem como entender quais as vulnerabilidades da operação. Isso torna a decisão mais assertiva, uma vez que é composta pela visão de fora de um especialista.
O objetivo final é verificar se os princípios de cálculos e a escolha de equipamentos foram feitas corretamente, visando a obtenção de um ótimo desempenho.
Por essa razão, é fundamental a parceria com uma distribuidora que possua um estoque amplo e variado de produtos com garantia de qualidade e eficiência, pois facilita o processo de construção, garantindo excelência na produção de energia para redes.
3. Realizar todas as liberações legais para o funcionamento
Após a análise por parte da assessoria e de um engenheiro eletricista a respeito do terreno para a construção da usina, é importante realizar todas as liberações legais.
Para que isso seja possível, você precisa obter os direitos à terra, desenvolver a documentação do projeto e conter a aprovação da construção.
Caso a homologação esteja em conformidade com as resoluções normativas 482/12 e 687/15 previstas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o seu projeto está pronto para entrar em execução.
4. Contratar um engenheiro fotovoltaico para criar o projeto e executá-lo
Assim como no cenário de instalação de um sistema on grid, a presença de um engenheiro eletricista para a criação de um projeto como uma usina fotovoltaica é fundamental, pois a documentação será enviada para a concessionária de energia de sua região com o ART assinado pelo profissional da área para aprovação.
Como dito anteriormente, é essencial que o local tenha um nível de radiação solar alta, sendo o papel do engenheiro analisar essa questão, tal como o potencial de geração de energia baseado nas condições estruturais do solo, com o intuito de executar o melhor aproveitamento da usina.
Quantos painéis fotovoltaicos são necessários para uma usina?
Uma dúvida frequente quando buscamos como montar uma usina de energia solar é relacionado a quantidade de painéis fotovoltaicos para sua construção.
Para responder essa pergunta, é importante ser calculado a quantidade de equipamentos dividindo a potência total pela individual do painel. Os resultados podem variar de acordo com as dimensões do seu terreno, portanto, a partir do cálculo é possível mensurar a quantia necessária para o projeto.
Vale ressaltar também que segundo a regulamentação de RN 482, o valor máximo de potência de uma minigeração é de 5MW, enquanto a de microgeração possui valor menor ou igual a 75 kW.
Aproveite e aprenda como prospectar clientes de energia solar com nosso guia!
Vale a pena montar uma usina fotovoltaica?
Sim, principalmente quando levamos em consideração os benefícios desse investimento, sendo uma das principais a contribuição de sua produção para geração compartilhada e a maior acessibilidade à energia solar.
Além disso, elas causam baixo impacto negativo, visto que não emite gases poluentes para atmosfera, opera mediante a uma fonte gratuita de energia e possui pequeno custo de manutenção devido à durabilidade do equipamento instalado.
Outro fator interessante é que esses locais ajudam a suprir as demandas da região, devido à capacidade alta de produção de eletricidade, beneficiando as pessoas por meio da redução significativa nos custos tributários.
Portanto, o investimento em uma usina solar vale a pena, tanto para consumidores quanto para o integrador.
Confira também nosso conteúdo sobre DPS para energia solar!
Quais as modalidades vigentes para usinas fotovoltaicas?
Existem duas modalidades em que você deve prestar atenção ao montar uma usina de energia solar, sendo elas o autoconsumo remoto e a geração compartilhada.
A primeira se refere à utilização dos créditos gerados em uma propriedade em outro empreendimento, podendo ser em outro local ou não. Isso implica que o UC (unidade consumidora) da usina solar e o UCs dos beneficiários tenham o mesmo titular, sendo de pessoa física ou jurídica.
Diferentemente da anterior, a geração compartilhada permite diferentes titulares. Ambos devem comprovar compromisso de solidariedade e pode acontecer por meio de cooperativas ou consórcio.
Nesse caso, os créditos são transferidos para outra unidade consumidora e estabelecido a quantia de eletricidade que será distribuída.
Qual o melhor estado para construir a sua usina?
O Brasil é um país extremamente vantajoso para a implementação desse sistema, uma vez que sua proximidade à linha do Equador resulta em um clima propício para a construção de usinas, o que significa que elas podem ser instaladas em vários pontos devido ao alto índice de radiação solar.
Atualmente, Minas Gerais é responsável por gerar cerca de 3.083 MW, porque possui condições climáticas favoráveis para a conversão de energia elétrica. Localizada em Janaúba, esse complexo é considerado um dos maiores da América Latina.
Outra região que pode ser considerada privilegiada é o Nordeste, que ocupa cerca de 12% do território nacional semiárido, sendo responsável por uma das maiores capacidades operacionais em suas gerações distribuídas e centralizadas, totalizando em 7,19 GW.
Entre os estados com grande potencial para a construção desses campos estão São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina.
Vale ressaltar que até o presente momento, dezessete estados contém locais em funcionamento, porém existem mais de 162 projetos em etapa de construção e em torno de 2.568 projetos não inicializados, ou seja, é um investimento em crescimento.
Esperamos que tenha gostado de aprender como montar uma usina de energia solar. Aproveite e confira sobre qual o melhor painel solar, o monocristalino ou o policristalino e até a próxima!